ANR participa de palestra sobre o impacto da reforma tributária no foodservice no iFood Move
Na última quinta-feira (26), durante o iFood Move, um dos principais eventos do setor de food delivery na América Latina, a Associação Nacional de Restaurantes (ANR) marcou presença em um painel de debate sobre os impactos da Reforma Tributária no setor de foodservice. O evento, realizado em São Paulo, contou com a participação de Fernando de Paula, presidente da ANR, ao lado do senador Efraim Filho (União-PB), presidente da Frente Parlamentar do Comércio e Serviço no Senado, e João Baptista, coordenador do Comitê Setorial de Redes de Food Service da Associação Brasileira de Franchising (ABF).
Reforma tributária: o que muda para o foodservice?
De acordo com os palestrantes, a reforma tributária, proposta no Projeto de Lei Complementar 68/24, trará impactos significativos para o setor, especialmente com a criação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que unificará o ICMS estadual e o ISS municipal no Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e substituirá tributos federais como o PIS, Cofins e IPI pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). Essas mudanças devem entrar em fase de testes em 2026, com uma implementação gradual até 2033.
Fernando de Paula, da ANR, destacou o potencial positivo da reforma: “Estou otimista com a reforma. O comerciante poderá saber claramente o valor do imposto que está pagando e o que está recebendo. A boa competição que existe no ecossistema de restaurantes se concentrará em inovação e não mais em burocracia”, disse De Paula. Ele ainda reforçou que as novas regras devem proporcionar um futuro mais simples, com menos preocupações relacionadas ao pagamento de impostos, permitindo que as empresas foquem em inovação e crescimento.
Transição gradual e período de testes
O novo modelo de tributação, previsto no Projeto de Lei Complementar 68/24, será implementado de forma gradual entre 2027 e 2033, com uma fase de testes a partir de 2026. O senador Efraim Filho tranquilizou os participantes ao mencionar que haverá um período de transição para ajustar o sistema e garantir que o impacto nas empresas seja controlado.
“O planejamento é essencial”, mas o empreendedor não precisa “perder a cabeça e ficar desesperado”, porque, independente da regra, haverá o tempo de transição de sete anos.
“Caso a gente tenha ruído, iremos calibrar e entender o efeito real na vida das empresas. No primeiro ano, cada empresa pagará 0,1% dentro do novo modelo, onde veremos como cada setor é afetado no macro setor. No segundo ano, as empresas pagarão 1% para entendermos se a calibragem funcionou e depois vamos aumentando”, afirmou o senador.
Impacto para o setor de foodservice
A ANR segue acompanhando de perto as discussões sobre a Reforma Tributária e se coloca à disposição de seus associados para fornecer orientações e informações sobre como essas mudanças podem impactar seus negócios.
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