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Gastos com comida fora de casa registram alta de R$ 61 bi no foodservice, aponta pesquisa 

Os gastos com comida fora de casa no Brasil vêm crescendo, e o segundo trimestre de 2024 foi um marco para o setor de foodservice. De acordo com o Instituto Foodservice Brasil (IFB), a população gastou cerca de R$ 61,4 bilhões em refeições fora de casa e pedidos de delivery durante o período. Esse valor é o maior já registrado na pesquisa CREST, realizada pelo IFB há nove anos, e representa um aumento de 3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Embora o cenário seja positivo, empreendedores do setor ainda enfrentam desafios que exigem atenção constante. Confira abaixo os detalhes dessa pesquisa e entenda o que ela significa para o futuro do foodservice.

Sinais de crescimento nos gastos com comida fora de casa no foodservice

Os dados do IFB trazem pontos positivos para o setor. O ticket médio subiu 4%, indicando que os clientes estão dispostos a gastar mais quando comem fora. Além disso, as vendas nominais aumentaram 15,7%, e o crescimento das transações em mesmas lojas (estabelecimentos com mais de um ano de operação) chegou a 12%. Isso aponta para uma retomada sólida no setor de foodservice e reflete uma maior disposição dos consumidores em gastar com refeições fora do lar.

Mudanças no comportamento de consumo e impacto nos gastos com comida fora de casa

Apesar do crescimento em indicadores como ticket médio e vendas, o setor de foodservice enfrenta alguns desafios. Houve uma queda de 1% no tráfego total de visitas, que somaram 3,1 bilhões no segundo trimestre. Esse declínio, aliado à popularização das marmitas congeladas, aumenta a concorrência para restaurantes e bares, que precisam inovar para atrair o público.

Além disso, o consumo variou entre as classes sociais: as classes A e C apresentaram crescimento no gasto com refeições fora de casa, enquanto a classe B teve uma redução. Em termos regionais, o Nordeste e o Sudeste representaram 70% do tráfego, com o consumo concentrado principalmente nas sextas e sábados, enquanto a segunda-feira foi o dia com menor movimentação.

Esses dados sugerem que entender o comportamento do cliente é essencial. Adaptar o cardápio e as estratégias de marketing para diferentes perfis de consumidores e horários de pico pode ajudar os estabelecimentos a atrair e fidelizar clientes.

Segmentos que mais contribuíram para o aumento nos gastos com comida fora de casa

O crescimento no foodservice foi impulsionado principalmente por quatro segmentos:

  • Fine dining: restaurantes de alta gastronomia que atenderam ao crescimento no consumo nas classes A e C.
  • Lanchonetes: com um desempenho positivo no fast food, as lanchonetes se destacaram como uma opção acessível e rápida.
  • Supermercados e hipermercados: a área de alimentação nesses estabelecimentos atrai consumidores pela conveniência e variedade de opções.
  • Redes de refeições rápidas: estabelecimentos que oferecem opções práticas e rápidas, sem serviço completo de mesa, tiveram boa performance.

Essas categorias ajudaram a elevar os gastos com comida fora de casa entre o primeiro e o segundo trimestres de 2024.

O que essas tendências indicam para o foodservice em 2025? 

Com esses dados em mente, bares e restaurantes podem começar a planejar suas estratégias para o próximo ano. A análise de tendências como o aumento do consumo pela manhã e no almoço pode orientar o ajuste de cardápios e ofertas. Além disso, direcionar promoções para sextas e sábados, e pensar em estratégias para atrair clientes nas segundas-feiras, pode ajudar a equilibrar o fluxo ao longo da semana.

Referência: Exame

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