Quando se trata de encontrar um bom lugar para comer, São Paulo lidera em quantidade. O estado possui o maior número de estabelecimentos de alimentação fora do lar no Brasil, totalizando mais de 532,5 mil pontos de venda, o que corresponde a 27% de todo o mercado nacional. Este número inclui uma vasta quantidade de restaurantes, lanchonetes e padarias, conforme apontado pelos dados do Instituto FoodService Brasil (IFB).
Distribuição e crescimento
Segundo o IFB, além da capital, que lidera com 144,9 mil estabelecimentos, outras cidades como Guarulhos e Campinas também figuram entre as mais ativas no setor de alimentação. O ano passado viu a abertura de 102 mil novos estabelecimentos em São Paulo, a maioria qualificada como Microempreendedores Individuais (MEIs), indicativo do dinamismo do mercado.
Recuperação do setor e impacto da pandemia
Ingrid Devisate, vice-presidente executiva do IFB, compartilha insights sobre a recuperação do setor: “Aos poucos o movimento de alimentação no local está se recuperando, mas ainda abaixo dos patamares pré-pandemia”. Ela destaca que o serviço de entregas, que chegou a representar quase 20% no auge da pandemia, ficou em 15% no ano passado. “Ele segue tendo uma relevância, mas não vai voltar aos patamares de 2022”, diz. O consumo no local, por sua vez, alcançou 42% do total de visitas em 2023, ante 34% em 2020.
Devisate ressalta a influência do retorno ao trabalho presencial no aumento do tráfego nos estabelecimentos, com cerca de 80% dos clientes sendo trabalhadores que optam por comer fora durante o expediente.
Perspectivas futuras para o setor de alimentação fora do lar
Para 2024, as expectativas são positivas, com a projeção de crescimento de 5% para o setor de foodservice em São Paulo. Devisate enfatiza que uma recuperação econômica robusta é essencial para melhorar a renda das famílias, reduzir o endividamento e fomentar um aumento sustentável no consumo.
Fonte de informações: Valor Econômico