Alta dos preços impacta crescimento do setor de serviços, revela CNC
A recente pesquisa mensal de serviços (PMS) apontou um recuo de 0,9% no volume de receitas do setor de serviços de janeiro para fevereiro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em resposta, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) ajustou suas expectativas de crescimento para o setor em 2024, reduzindo a previsão de 2,1% para 1,9%.
Este ajuste ocorre em um contexto de pressão inflacionária, onde os preços dos serviços no Brasil registraram uma elevação de 1,6% — a maior alta em um período de 12 meses. José Roberto Tadros, presidente da CNC, enfatizou a importância de continuar implementando medidas de apoio à economia para fomentar o crescimento do setor. “Se a macroeconomia mantiver seu curso com reduções consistentes nas taxas de juros e inflação controlada, 2024 poderá ser um ano promissor para os consumidores e, por extensão, para o setor de serviços”, disse Tadros.
No detalhamento por segmentos, apenas os serviços prestados diretamente às famílias tiveram um avanço modesto de 0,4%. Em contrapartida, os serviços profissionais e administrativos sofreram a maior queda, de 1,9%, seguidos pelos serviços de informação, que retraíram 1,5%.
Turismo mantém previsão de crescimento apesar de quedas pontuais
O setor de turismo, no entanto, manteve sua previsão de crescimento em 2,2% para este ano, apesar de um declínio de 0,8% no volume de receitas em fevereiro comparado a janeiro. Fabio Bentes, economista da CNC, observa que apesar das variações mensais, a estabilidade na comparação anual sugere que os resultados são circunstanciais. “A inflação nos serviços de turismo mostrou uma desaceleração, caindo para uma média de 5,2% nos 12 meses até fevereiro, contra 7,8% no período anterior”, explicou Bentes.
Carnaval impulsiona tráfego aéreo internacional
Durante o período do carnaval, o Brasil viu um aumento significativo no tráfego de passageiros internacionais, que cresceu 28,6% em relação ao ano anterior, alcançando 2,07 milhões de passageiros. Esse número supera inclusive o tráfego registrado em fevereiro de 2020, antes da pandemia, destacando uma recuperação robusta no setor aéreo. Os voos domésticos também registraram aumento, com uma subida de 2,9% em comparação ao mesmo período de 2023.
Os dados sugerem um cenário misto para o setor de serviços e turismo, onde desafios inflacionários são contrabalançados por sinais de recuperação e resiliência em segmentos chave como o turismo e transporte aéreo.
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Fonte de informações: CNC