Mas endividamento elevado limita a capacidade de consumo
A pesquisa mensal realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) sobre a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) mostrou que esta avançou 2,4% em maio, descontando-se os efeitos sazonais, mantendo alta mais um mês. O consumo teve o maior aumento em maio, 3,4%, com a combinação de inflação mais baixa e emprego mais favorável.
Apesar da pesquisa mostrar uma maior intenção de consumo, a base de comparação é muito baixa, mantendo o nível ainda contido. Chegando ao seu maior nível desde maio 2015, a avaliação da renda atual melhorou 2,9% com 115,3 pontos.
Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a elevação do indicador se deve à diversos fatores, especialmente as sucessivas quedas na inflação além do esperado e a alta das contratações formais, mesmo que em menor intensidade do que no ano passado, mas que seguem em alta. Isso, somado a maior satisfação com o emprego, permite esta dinâmica mais favorável do nível de consumo atual.
Apesar da melhora desses índices, a inflação dos produtos de alimentação e bebidas, itens que mais pesam no orçamento das famílias de renda menor, desacelerou, com alta de 1,52% neste ano, o que acaba por travar o consumo.
Fonte: CNC