A pandemia de COVID-19 trouxe inúmeras mudanças para o mundo, e as grandes cidades, com suas rotinas frenéticas, não foram exceção. Em São Paulo, a metrópole que nunca dorme, a flexibilização e a adoção do home office transformaram os hábitos dos paulistanos. Mas não foi apenas o trânsito que sentiu essa mudança: bares e restaurantes também tiveram que se adaptar a uma nova realidade, com um fluxo maior de clientes durante a semana.
A Revolução do Home Office
O trabalho remoto, antes visto como um privilégio para poucos, tornou-se uma realidade para uma parcela significativa dos paulistanos. Com menos pessoas se deslocando diariamente para os escritórios, as famosas avenidas da cidade viram uma redução notável no fluxo de carros. O ar ficou um pouco mais limpo, os sons da cidade mudaram e até mesmo o ritmo frenético pareceu desacelerar.
O “Sextou” que Virou “Quintou”
E por falar em lazer, uma mudança cultural curiosa tomou conta da capital: o tradicional happy hour das sextas-feiras, o famoso “sextou”, passou a acontecer mais cedo. O “quintou” virou a nova moda entre os moradores da capital paulista. Com mais flexibilidade nos horários e sem a preocupação do deslocamento matinal na sexta, muitos optaram por antecipar a comemoração no fim do expediente.
Adaptação dos Bares e Restaurantes
Com a antecipação do happy hour para as quintas-feiras, bares e restaurantes de São Paulo enfrentaram desafios inéditos. A crescente demanda de clientes nesse dia exigiu adaptações, como alterações nos horários de funcionamento, reforço nas equipes e promoções direcionadas à quinta-feira. A atenção redobrada aos protocolos de segurança e higiene, já intensificada pela pandemia, tornou-se crucial para garantir um ambiente seguro e agradável, atraindo e fidelizando esse público que optou por sair mais cedo.
Nesse contexto, é importante destacar o crescimento expressivo do consumo fora do lar e a expansão do setor de foodservice. Segundo dados do Instituto Foodservice Brasil (IFB) e da Driva, o Brasil possui atualmente 1,6 milhão de estabelecimentos ativos. As lanchonetes lideram o ranking com cerca de 227 mil unidades, seguidas por bares com 144,36 mil e estabelecimentos com menus variados, totalizando 85,42 mil. São Paulo, em particular, adicionou 46 mil novos estabelecimentos voltados ao consumo fora do lar, refletindo a dinâmica e adaptabilidade da cidade diante das mudanças culturais e econômicas.
Se você é dono de um bar ou restaurante em São Paulo, certamente sentiu as mudanças trazidas pela pandemia e pela nova rotina da cidade. Como tem sido sua experiência e adaptação do seu estabelecimento nesse novo cenário?
