A rotina do trabalhador brasileiro tem seus desafios, e um deles é o custo para se alimentar fora de casa. Segundo uma recente pesquisa da Mosaiclab, o valor médio gasto para um almoço completo – que inclui prato principal, bebida não alcoólica, sobremesa e café – é de R$ 46,60. Esse montante representa um aumento de 14,7% em relação ao ano anterior.
Região Sudeste lidera em preços
A região Sudeste lidera com o preço médio mais elevado, chegando a R$ 49,33. Dentre as capitais, Florianópolis, Rio de Janeiro e São Paulo se destacam com os valores mais altos para a refeição.
Desafios para os estabelecimentos
Esse aumento nos preços é reflexo de diversos fatores, incluindo a alta nos preços da gasolina, gás de cozinha e energia elétrica. Ricardo Contrera, sócio-diretor da Mosaiclab, ressalta que, apesar dos esforços dos estabelecimentos em manter os preços, eles são diretamente impactados pelos reajustes dos preços públicos. Além disso, o cenário pós-pandemia trouxe novos desafios, como o retorno ao trabalho presencial, que elevou os aluguéis comerciais e os custos operacionais.
Tendências no setor de alimentação
A pesquisa ainda apontou tendências no setor de alimentação. O sistema de delivery, que teve um aumento significativo durante a pandemia, apresenta uma leve queda em 2023, com 44% dos estabelecimentos oferecendo o serviço. Além disso, o consumo de refeições em estabelecimentos durante os dias úteis na hora do almoço começa a se recuperar, atingindo 61%, uma retomada importante após o impacto da pandemia.
Fernando Blower destaca a importância da abertura de novos estabelecimentos
Nesse sentido, Fernando Blower, Diretor Executivo da Associação Nacional de Restaurantes (ANR), em entrevista ao portal foodconection, destaca a importância da abertura de novos estabelecimentos para a economia do país e do segmento. “Não tem como negar que toda a cadeia do foodservice passou por tempos difíceis. No entanto, com a retomada gradual da normalidade, a queda do endividamento e maior lucratividade dos operadores, a abertura de novos estabelecimentos é observada de forma mais significativa. Na verdade, a recuperação da economia, mesmo a passos lentos, impacta diretamente a alimentação fora do lar (e vice-versa). Costumamos dizer que nosso setor é o espelho da sociedade.”
A concorrência saudável é um dos motores de qualidade na indústria de alimentação fora do lar, incentivando negócios existentes a melhorar seus produtos e serviços, beneficiando os consumidores.