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Preço dos alimentos sobe até 166% em um ano, aponta IPCA

A inflação tem sido uma das principais vilãs para a retomada da economia após a flexibilização das regras sanitárias de Covid. Segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em março, o Brasil teve uma aceleração de 1,62% na média geral de reajustes dos preços, contabilizando 11,62% no acumulado dos últimos 12 meses. Um dos setores mais atingidos pelo índice foi o ecossistema da alimentação, que envolve as áreas de atacado, varejo e demais serviços do Food Service. Segundo levantamento feito pela CNN Brasil, no último ano, o preço de alguns alimentos como cenoura (166%), tomate (94,55%) e pimentão (80,44%) subiram muito além da taxa de inflação do período.

Para André Braz, coordenador de Índices de Preços da FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas), a alta nos preços dos alimentos está, em grande parte, relacionada ao conflito entre Ucrânia e Rússia. De acordo com o especialista, como os dois países são grandes exportadores de grãos, óleos e outros subsídios essenciais à indústria, toda a cadeia do setor de alimentos é afetada. Um exemplo desses impactos é o aumento do custo da alimentação nos domicílios que foi maior do que em restaurantes. Mesmo que tenha sido mais tímida em estabelecimentos (6,22%) do que na alimentação doméstica (13,73%), o setor briga com as contas para continuar funcionando desde o início da pandemia.

FOLGA NO BOLSO SÓ EM 2023
Em uma tentativa de frear os preços e reorganizar a economia, o Banco Central (BC) tem aumentado sucessivamente a Selic, taxa básica de juros no país, para dar um respiro a lojistas, consumidores e empresários, e a previsão é de que os juros sigam aumentando nos próximos meses. Segundo o presidente do BC, Roberto Campos Neto, em maio a taxa deve subir a 12,75%, em resposta à disparada dos preços no mercado agrícola. Para ele, a situação só irá se normalizar em 2023, quando os efeitos do conflito diminuirem e a pandemia estiver bem distante do cotidiano brasileiro.

*Com informações CNN Brasil & UOL Economia

Foto: Martha Dominguez de Gouveia – Unsplash

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