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Intenção de consumo das famílias mostra primeira alta do ano em abril  

Análise do cenário atual  

De acordo com a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), em abril de 2024, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) apresentou sua primeira alta no ano, marcando um aumento de 0,4% após quatro meses consecutivos de queda. Este indicador, que é monitorado mensalmente pela CNC, registrou 103,1 pontos, permanecendo na zona de otimismo desde agosto de 2023. A comparação anual mostra um aumento de 6,1%. 

Detalhes dos subindicadores  

Os subindicadores que contribuíram para essa melhoria incluem o emprego atual e a renda atual, ambos com um aumento de 0,5% e 0,2%, respectivamente, e ambos na zona de satisfação. No entanto, o subindicador do nível de consumo atual ainda mostra insatisfação entre os consumidores com 88,8 pontos, apesar de um aumento de 1,4% em abril. 

Otimismo futuro e questões de crédito  

Os consumidores mostram-se otimistas em relação ao futuro, com a perspectiva profissional aumentando 0,2% e alcançando 114,6 pontos, e a expectativa de consumo para os próximos meses crescendo 1,4%, atingindo 106,7 pontos. Apesar de uma percepção ainda negativa sobre o acesso ao crédito, com 94,1 pontos, houve um aumento de 0,9% desde março. Especialmente, o único subindicador que apresentou uma diminuição foi o momento para compra de duráveis, que caiu 0,4%, embora esteja 20,3% acima do registrado no mesmo período do ano anterior. 

Influência da redução de juros e concessões de crédito  

A possível retomada na curva de crescimento da ICF é atribuída à redução das taxas de juros para pessoas físicas, o que reflete na diminuição da inadimplência dos consumidores. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), 28,6% das famílias estavam inadimplentes em março, um percentual menor do que o do ano anterior. ” A disponibilidade de crédito desempenha um papel importante no consumo das famílias e, consequentemente, aquece a economia como um todo”, explica José Roberto Tadros, presidente da CNC. 

Variações por faixa de renda  

O aumento na intenção de consumo em abril foi liderado pelas famílias de maior renda, com aqueles que ganham acima de 10 salários mínimos relatando um aumento de 0,8% na intenção de consumir. A percepção do acesso ao crédito também melhorou tanto para as famílias mais ricas quanto para as de renda mais baixa, com aumentos de 1,2% e 0,4%, respectivamente. 

O economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, observa que as famílias mais ricas têm mostrado uma satisfação mais consistente com o crédito ao longo do último ano, em contraste com as famílias de menor renda, que têm experimentado mais flutuações. Este cenário destaca a disparidade no acesso e satisfação com o crédito entre diferentes grupos de renda, sugerindo desafios contínuos para o varejo em função da redução nas concessões de crédito. 

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