Notícias

CNC projeta crescimento de 2,2% nos serviços e 2,7% no turismo em 2024 

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou suas projeções para 2024, prevendo um aumento de 2,2% no setor de serviços e de 2,7% no turismo. Em abril de 2023, o volume de receitas do setor de serviços cresceu 0,5% em relação ao mês anterior, conforme a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse aumento representa a quinta alta mensal nos últimos seis meses e uma elevação de 5,6% em comparação a abril do ano anterior, o maior crescimento desde 2021. 

Impulsionadores do crescimento 

O setor de transportes, especialmente o aéreo, foi um dos principais impulsionadores desse crescimento, com a receita real das empresas de transporte aéreo aumentando 18,2% em abril. A significativa queda nos preços das passagens aéreas, que acumularam uma retração de 39,5% nos primeiros quatro meses do ano, também contribuiu para essa alta. 

Por outro lado, houve uma diminuição nos serviços prestados às famílias (redução de 1,8%) e nos serviços de alojamento e alimentação (diminuição de 2,3%), o que contrabalançou o desempenho positivo do setor. Apesar disso, o Índice de Atividade Turística subiu 2,3% em abril, representando o segundo avanço consecutivo e uma alta de 4,5% em comparação ao mesmo mês de 2023. 

Inflação e perspectivas econômicas 

No acumulado de 12 meses até abril, a inflação de serviços ficou em 4,6%, acima do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) geral, que foi de 3,7%, mas ainda assim representou uma desaceleração em relação aos 7,5% observados até abril de 2023. O presidente da CNC, José Roberto Tadros, destacou que a tendência de flexibilização da política monetária e a redução dos juros contribuem para as revisões positivas das expectativas de crescimento para 2024. No entanto, ele alertou sobre as incertezas em relação à trajetória da taxa Selic e a importância de manter um ambiente macroeconômico estável para fomentar o crescimento do setor de serviços. 

Impacto da tragédia climática no Rio Grande do Sul 

Apesar dos resultados positivos, a tragédia climática no Rio Grande do Sul em maio trouxe prejuízos significativos para o turismo na região. A CNC estima uma perda diária de receitas no turismo gaúcho de R$ 49,2 milhões, totalizando R$ 1,33 bilhão no mês. Esse valor representa cerca de 56,5% da receita mensal prevista, impactando negativamente o setor às vésperas da alta temporada de inverno, que tradicionalmente eleva as receitas do turismo na região em cerca de 13%. 

A infraestrutura de transporte no Rio Grande do Sul foi severamente afetada, com o fechamento do Aeroporto Internacional Salgado Filho, que é responsável por 91% do fluxo de passageiros nos aeroportos do estado. Em resposta, o Ministério de Portos e Aeroportos autorizou o uso da Base Aérea de Canoas como alternativa, com 35 voos semanais, correspondendo a pouco mais de 10% da capacidade operacional do aeroporto principal. Além disso, o fretamento turístico terrestre também sofreu uma redução significativa de 39% na quantidade de passageiros transportados para o estado. 

Para mais informações e detalhes sobre as projeções e os impactos econômicos, acesse a matéria completa

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo