A Recuperação do Mercado de Trabalho
O cenário econômico brasileiro tem mostrado sinais de recuperação, e um dos indicadores mais promissores é a taxa de desemprego. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no Brasil foi de 7,8% no trimestre móvel terminado em agosto. Esta é a menor taxa desde fevereiro de 2015. Em números absolutos, estamos falando de uma redução significativa, chegando a 8,4 milhões de pessoas desocupadas.
O Boom do Setor Turístico
Paralelamente a essa recuperação no mercado de trabalho, o setor de turismo tem mostrado uma resiliência e crescimento notáveis. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) destaca que o turismo deve encerrar 2023 com um faturamento real de R$ 458 bilhões, um crescimento de 8,8% em comparação com 2022.
Vários fatores contribuem para esse otimismo, como a maior quantidade de feriados prolongados, que naturalmente impulsionam o turismo interno, e a tendência de queda nos preços das passagens aéreas domésticas, tornando as viagens mais acessíveis para um maior número de brasileiros.
Conforme dados da Anac, houve queda de 3,2% em julho em relação ao mesmo mês de 2022. Com isso, o fluxo de passageiros em voos domésticos se aproximou de 8,5 milhões de pessoas.
Setor de Alimentação Fora do Lar segue gerando empregos
O setor de alimentação fora do lar desempenha um papel crucial na economia brasileira. Com o aumento do turismo, há uma demanda crescente por serviços de alimentação de qualidade. Restaurantes, bares, lanchonetes e cafés tornam-se essenciais, não apenas para os turistas, mas também para os locais que buscam opções gastronômicas variadas. O setor de alimentação fora do lar, em conjunto com o turismo, tem sido um dos principais geradores de emprego e renda no país.
A CNC projeta a abertura líquida de 165,2 mil postos de trabalho para 2023. Nos 12 meses contados a partir de julho do ano passado, houve alta de 5,9%, com destaque para os segmentos de serviços culturais, que tiveram alta de 16,9%; de aluguel de veículos, que cresceu 13,2%; e de bares e restaurantes, com acréscimo de 7%.
A expectativa de criação de novos postos de trabalho, juntamente com o aumento no rendimento do setor turístico, destaca a importância dessas áreas na economia do Brasil, especialmente o segmento de alimentação fora do lar.