Ao lado de outras entidades, ANR defende adiamento de reforma tributária
A proposta do governo para destravar a reforma tributária no país não tem agradado a diversos setores, culminando em uma mudança de posicionamento. O empresariado acredita que, agora, é melhor abandonar o senso de urgência e repensar o modelo, adiando sua implementação,
já que não faz sentido aprovar uma reforma que aumente a carga tributária sem contrapartidadas. A nova postura foi debatida em reunião na última semana entre associações da indústria, do comércio, de serviços, da construção civil e do agronegócio, ancorada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Na opinião de todos os presentes, dado o pouco tempo para se debater um tema complexo como o sistema tributário antes das eleições de 2022 e com a economia ainda lutando para sair da crise, a prioridade deve ser dada à reforma administrativa. O caminho seria reduzir o tamanho do Estado para, a partir daí, promover uma reforma na qual o governo não precise aumentar os impostos.
“A reforma tem que olhar para todos os setores, ser sistêmica. A proposta do governo não traz estudo de impacto setorial. Não somos contra, mas não cabe uma reforma como a que foi colocada, imposta sem debate prévio. É melhor aguardar outro momento”, comentou Fernando Blower, diretor Executivo da ANR, que esteve presente no encontro. Para os empresários, da forma que está a proposta não só aumenta a oneração, como também a complexidade, trazendo mais insegurança jurídica, e indo contra o propósito de simplificar o sistema tributário do país.
*Com informações da Agência Estado