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Suppy Tech: integração de sistemas e foco no comportamento do cliente

O primeiro painel do 1º Supply Tech ANR para Restaurantes, realizado na última quinta-feira (12), Como Sistemas Integrados Podem Ajudar na Gestão de Custos e de Operações do Restaurante, contou com a presença de Leandro Assis, diretor da Teknisa Software; Sebastian Gianni, Product Strategy Manager da Oracle; e Daniel Allegro, sócio-diretor de Suprimentos e TI do Grupo Ráscal. Abrindo os trabalhos, Assis falou sobre a imensa quantidade de sistemas encontrados nas empresas hoje. “Cada um possui uma estrutura específica, mas é preciso que eles conversem entre si, por meio da integração. Sendo assim, um sistema único, onde tudo se concentra em um banco de dados, faz com que a transição e a conexão entre as áreas sejam facilitadas”, argumentou.

Na sequência, Gianni abordou as mudanças que abarcam a integração em certos aspectos. “No passado, as integrações eram exclusivamente B2B e, hoje, são B2C. Ou seja, muitas delas partem do cliente. Por exemplo, os millennials fazem tudo pelo celular: reserva, pagamento de conta e até mesmo consulta ao cardápio. É preciso ter em mente como essa movimentação impacta as rotinas
de um restaurante”, afirmou o executivo, que ainda citou a segurança como um grande obstáculo para a integração. “Atualmente, a informação é a moeda. São inúmeros os casos de empresas gigantes que tiveram dados de clientes expostos (vazados). A segurança é fundamental, além de ser grande um desafio para a integração de sistemas”, complementou.

Allegro, último palestrante do painel, iniciou sua apresentação com uma ressalva sobre a integração. “Apenas integrar sistemas não vai trazer uma vantagem competitiva. É preciso olhar para o cliente, que é quem traz dinheiro para o negócio. Restaurante não é um campo para amadores. É um campo para pessoas focadas em negócios, dados, comportamento do consumidor. Não é
apenas vender, mas pensar sempre na experiência do cliente”, disse. O executivo ainda ressaltou a importância do cuidado com os processos da operação. “Existem muitas operações boas que fecham por conta de uma falta de gerenciamento da informação como business”, pontuou.

Logo depois da fala de Allegro, Fabio Sola, coordenador de TI da The Fifties, e Fernando Biazini, diretor de Tecnologia na Dídio Pizza, realizaram um rápido bate-papo com os três palestrantes.

No segundo painel do dia, Logística – centralização x entrega ponto a ponto, João Marcelo Gama, diretor de Supply Chain da Domino’s Pizza Brasil, e Joaquim Dias Garcia, diretor de TI da Rede Onofre CVS, subiram ao palco para dividir com o público a importância da área e como descobrir qual o melhor método para utilização em cada estabelecimento.

“O primeiro ponto é a percepção geográfica, que deve ser a base do pensamento sobre como montar a estratégia logística do negócio. O segundo é o drop size. Um restaurante que consome 150 quilos por entrega tem uma característica de supply. Já o que consome 4 mil quilos possui outra completamente diferente. Isso conta muito na hora de montar o Supply Chain. O terceiro ponto
importante é a frequência de entrega. Quanto mais vezes eu tiver que acessar meu restaurante, mais complexa fica a minha cadeia e mudam meus parâmetros na hora de tomar a decisão de centralizar ou descentralizar”, afirmou Gama.

Mas, de acordo com ele, não existe certo ou errado na decisão. “Depende de diversos fatores, como, por exemplo, tipo de negócio, maturidade, filosofia de gestão, entre outros. Os dois modelos podem coexistir em uma rede. O mais importante é fazer escolhas conscientes, respeitando a vocação de cada marca”, complementou o executivo.

Garcia, da Rede Onofre CVS, discorreu sobre o case da empresa, que estruturou sua operação de logística, suportada pela TI, para escalar o negócio de entregas. “Nossa OEC (Onofre em Casa), totalmente automatizada, proporcionou um ganho de 136% em produtividade, além de quatro vezes mais agilidade em tempo de separação. Com ilhas automatizadas, dobramos a quantidade de
encomendas por minuto e conseguimos chegar à marca de 5 mil pedidos por dia”.

Após o painel, foi realizado um debate com os dois profissionais, que responderam a algumas perguntas do público. Simone Galante, CEO da Galunion Consultoria, subiu ao palco para fazer a mediação e também realizar alguns questionamentos aos executivos. Logo na sequência, a diretoria ofereceu um almoço aos palestrantes.

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