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Supply Tech: escolhas corretas, negócios em alta

O terceiro painel do dia, Tecnologia para Compras: previsão de demanda e compras planejadas, abordou a influência da tecnologia em fontes de fornecimento, logística, especificação, recebimento, distribuição e produção, trazendo exemplos para melhorar a estratégia na compra de mercadorias e evitar desperdícios. “A área de Supply representa, em média, 30% no faturamento de um restaurante, ou seja, é a que mais gera despesas para o estabelecimento. Por isso, é extremamente importante dar mais atenção ao tema e criar departamentos específicos”, afirmou Alexandre Alves, diretor da Tatika Consultoria.

Na sequência, Katia Victor, diretora Administrativa do Rubaiyat, falou de níveis de estoque e dividiu com o público o case do estabelecimento. “Compras é o coração de qualquer empresa. Se acontecer algo de errado nessa área, a empresa se perde. Em nosso caso, com a entrada do Supply no restaurante, conseguimos reduzir o estoque de carnes e vinhos, melhorar a qualidade dos produtos e, consequentemente, diminuir custos”, contou.

Completando as apresentações do painel, Marcelo Ré de Lima, sócio-diretor da Naturalle, reforçou a importância do departamento de Supply Chain para otimizar as relações com os compradores. “Conseguimos negociar com maior tranquilidade, seja com as fazendas ou CEASA, porque tínhamos a certeza de que os produtos iriam chegar com aquele custo. Isso fez com que tivéssemos resultados melhores”, disse. Na sequência, Erik Momo, sócio da 1900 Pizzeria, intermediou o debate entre os palestrantes, com perguntas dos participantes.

Alinhada com o ambiente de compras está à relação com parceiros, tema abordado em Desenvolvimento de Parceiros: desenvolvimento de insumos exclusivos e parcerias estratégicas, quarto painel do dia. “A área de Supply é estratégica e não tática. Por isso, é necessário que ela tenha um alinhamento com o Marketing e com Operações, que se envolva nas premissas e nas estratégias do negócio para ajudar a trazer oportunidades”, explicou Reynaldo Zani, sócio da ZAK Business Development.

Trabalhando do outro lado, como parceira de muitos estabelecimentos, Danielle Garry, Key Account Manager Brasil da Nestlé abordou o co-branding, desenvolvimento de portfólio de produtos e receitas em conjunto com os restaurantes. “Nós temos o pensamento de que vender é uma consequência. Precisamos estudar e pesquisar o mercado, fazer cálculos, levar uma solução completa de valor agregado e fazer com que isso seja rentável para os clientes. É um desafio imenso trabalhar no mercado de food service hoje. Procuramos sempre inovar e estar conectados a esses parceiros que nos desafiam a quebrar paradigmas todos os dias.”

Para Jorge Aguirre, Sócio-CEO da Intern. Restaurantes do Brasil, franqueada Pizza Hut/SP, o co-branding no cardápio é uma das melhores soluções para os estabelecimentos. “A partir daí é possível desenvolver novas categorias na oferta de produtos do restaurante. Hoje, você não vai trazer para seu cardápio um endosso que não seja condizente com o peso da sua própria marca. É preciso tomar cuidado na hora de escolher os parceiros”, pontuou.

Rodrigo Alves, proprietário do Ponto Chic, e Robert Oliveira, gerente de TI da Pizza Hut SP, foram os responsáveis por mediar o debate do quarto painel após o término das apresentações.

O último painel do dia, Novos Meios de Pagamento – Mudança de comportamento dos consumidores e Tendências, colocou luz sobre temas como transferência eletrônica de fundos, pagamento online, blockchain, fintechs, criptomoedas, além da queda na taxa de desconto que a credenciadora cobra dos estabelecimentos comerciais, chamada de MDR. Para Riva Oliveira, Head Sales da Movile Pay, pensar em meios de pagamento apenas utilizando uma máquina, seja na captura de QR Code ou no pagamento via NFC é fechar os olhos para os diferenciais que algumas empresas oferecem atualmente. “É importante valorizar plataformas que tenham o objetivo de democratizar serviços que outrora só podiam ser realizados por grandes bancos”, disse.

Já para João Victor Mendes, Country Manager LatAm na Pundi X, antes de optar por uma tecnologia específica, é importante que o estabelecimento dê um passo atrás e entenda que tipo de experiência quer oferecer para melhorar a experiência do consumidor. Mas ressaltou a importância de que os gestores estejam antenados em todas as tecnologias disponíveis e, principalmente,
com futuro promissor. “As criptomoedas devem entrar no roadmap dos restaurantes o quanto antes. Existem diversos lugares que eu gostaria de fazer o pagamento por bitcoin, por exemplo, e dos quais eu me tornaria cliente fiel caso conseguisse”, contou.

A opinião do executivo foi corroborada por André Carracedo, sócio-fundador da Zak Pay, que apresentou uma nova experiência de pagamento, na qual o cliente consegue acompanhar seu consumo em tempo real e, sem precisar chamar o garçom, executar o pagamento pelo app. “Bares e restaurantes precisam estar disposto a quebrar paradigmas e mudar alguns dogmas operacionais para se aproveitar dos benefícios tecnológicos”, destaca.

Flavio Chimenti Gonzalez, superintendente Geral de Produtos Safrapay, resumiu como os estabelecimentos devem enxergar as tecnologias e sistemas de pagamento. “Qual é a experiência que você quer oferecer para seu cliente? Primeiro precisamos pensar na operação, já que os meios de pagamento estão cada vez mais se tornando uma consequência. Existe um tema operacional de infraestrutura em que é necessário pensar no momento certo para fazer um investimento dentro do seu estabelecimento”, afirmou.

O debate foi mediado por Vinícius Abramides, diretor Geral de Casual Dining da Cia. Tradicional do Comércio, que aproveitou para voltar à questão da integração. “Quando conversamos com os profissionais de tecnologia ou meios de pagamento sobre integrações, eles falam com certa naturalidade que o assunto é simples e que pode ser resolvido em apenas um dia. Mas na hora que a integração tem que acontecer, o processo acaba se tornando mais complicado do que a gente esperava”, comentou.

O 1º Supply Tech ANR para Restaurantes também contou com sorteios para o público. Entre os prêmios, um curso na EGG – Escola de Gestão em Negócios da Gastronomia e livros da área de alimentação.

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