O hábito de almoçar fora é uma prática comum entre os trabalhadores brasileiros, especialmente com o retorno às atividades presenciais após a pandemia. No entanto, a escolha do tipo de refeição pode influenciar o quanto se gasta durante o almoço. Uma pesquisa recente da Ticket, conduzida em mais de 4.500 restaurantes em todo o Brasil, revela que a escolha por uma refeição à la carte pode custar até 158% a mais do que optar por um prato comercial.
Diferenças de preços entre tipos de refeição
Segundo o estudo, uma refeição completa em um restaurante à la carte, que inclui prato, bebida, sobremesa e café, custa em média R$ 96,44. Em comparação, o prato comercial, que é a opção mais econômica, tem um preço médio de R$ 37,44. Outras opções populares, como o self-service e o prato executivo, também apresentam variações de preço. O self-service custa em média R$ 47,87, enquanto o prato executivo, tem um valor médio de R$ 55,63.
Aumento no preço das refeições à la carte no Brasil
O levantamento da Ticket também destaca que o preço das refeições à la carte teve crescimento de quase 20% no último ano. Em 2023, esse tipo de refeição custava, em média, R$ 80,48. O self-service também apresentou um aumento considerável, com uma alta de 11% no mesmo período, passando de R$ 43,24 para R$ 47,87. Já o prato executivo teve um incremento de 10%, e o prato comercial registrou um aumento de 9,2%.
Variação regional nos preços
A pesquisa também apontou diferenças nos preços das refeições em diferentes regiões do Brasil. O serviço à la carte mais caro foi encontrado na região Sudeste, com um preço médio de R$ 99,27, enquanto o prato comercial mais barato foi registrado no Centro-Oeste, custando R$ 32,72. Entre as cidades avaliadas, Florianópolis (SC) se destacou com o serviço à la carte mais caro, custando R$ 163,28, enquanto Belo Horizonte (MG) apresentou o prato comercial mais acessível, a R$ 25,03.
Fatores que influenciam os preços
Natália Ghiotto, diretora de Produtos da Ticket, explica que diversos fatores contribuem para as variações de preço entre as regiões e tipos de refeição. “Regiões com um custo de vida mais elevado tendem a ter preços mais altos para alimentos e serviços em geral, incluindo refeições fora do lar”, comenta. Além disso, a competição entre os pontos de venda, a sazonalidade dos alimentos e a estrutura do restaurante também são determinantes no preço final que o consumidor paga. Restaurantes self-service, por exemplo, têm custos menores por não dependerem de garçons para atendimento, diferentemente do serviço à la carte.
Fonte: Mercado & Consumo