Notícias

Nova pesquisa ANR com perspectivas sobre a retomada é destaque na mídia nacional

A mais recente pesquisa ANR da série Covid-19, realizada em parceria com a consultoria Galunion, especializada no mercado food service, e com o Instituto Foodservice Brasil (IFB), mostrou que a alimentação fora do lar ainda está longe de alcançar os níveis pré-pandêmicos, mesmo com a retomada em todo o país. As perspectivas para a recuperação do setor, que deve levar no mínimo dois anos para voltar aos mesmos patamares pré-Covid ganhou destaque na mídia de todo o país.

Veículos como CNN Brasil, GloboNews Folha de S. Paulo, Band e Jovem Pan, entre outros, repercutiram os dados do levantamento que aponta que 62% das empresas ainda não recuperaram as vendas, na comparação de julho de 2021 com julho de 2019. Outros 13% já conseguem faturar nos mesmos níveis, enquanto 25% afirmaram que superaram a receita no mesmo período.

“Alguns restaurantes já tinham um volume maior no delivery mesmo antes da pandemia e, por isso, eles cresceram mais. Essa operação foi a grande diferença para aqueles que venderam mais do que anteriormente. Mas é muito difícil fazer dinheiro no delivery, já que as taxas são altíssimas”, afirmou Cristiano Melles, presidente da ANR, em entrevista à CNN.

A pesquisa, feita entre 12 de agosto e 8 de setembro, contou com 800 respondentes de diversos perfis – de redes a independentes – de todos os estados brasileiros, que representam 22.907 lojas, das quais 67% estão localizadas nas ruas e outras 22% em shoppings e centros comerciais. É o maior estudo já feito até hoje no Brasil durante a pandemia envolvendo o setor.

O nível de endividamento do food service segue alto no país: 55% dos bares, restaurantes, cafés e lanchonetes se declaram endividados. Desse total, 78% devem para bancos, 57% estão com impostos em atraso, 24% têm dívidas com fornecedores e 14% afirmam ter pendências trabalhistas. Do total de endividados, 48% afirmaram que devem levar mais de dois anos para pagar seus débitos e 63% disseram que vão aderir a planos de parcelamento como o Refis e outros anunciados pelos governos (federal, estadual ou municipal).

“O endividamento de muitas empresas pode comprometer toda a receita, ou o excedente dela, por três, quatro ou até mais anos, prejudicando muito a retomada e, por consequência, a empregabilidade”, afirmou o diretor Executivo da entidade, Fernando Blower, em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan.

Apesar da melhora no índice de endividamento, a grande maioria das empresas ainda sofre as consequências da pandemia e apenas agora, com o avanço da vacinação, a queda nos índices da Covid e o retorno gradual dos clientes começa a se reerguer. Para ajudar na retomada, a ANR segue em defesa dos interesses de todo o setor para a conquista de novos refis, crédito, queda de impostos e ICMS. “Só assim conseguiremos acelerar a recuperação”, finaliza Blower.

Foto: Jason Leung – Unsplash

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo