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Conflito entre Rússia e Ucrânia cria incertezas no mercado e faz com que o preço dos alimentos aumente no país

A instabilidade do mercado internacional de produtos deve causar um rápido impacto no bolso dos brasileiros. A previsão é do Índice de Preços de Alimentos das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), que em março registrou um recorde no valor médio desembolsado para o consumidor, com aumento de 3,9% em relação a fevereiro. Os principais vilões dessa alta foram o óleo vegetal, a carne vermelha, os produtos lácteos e o preço dos cereais.

Em grande medida, a elevação dos preços acontece por conta da interrupção de exportações de grãos na região do Mar Negro, local onde ocorre o conflito entre os países. Por serem insumos para a produção de óleos, alimentação de galinhas e bovinos, o aumento da procura por milho, trigo e soja faz com que toda a cadeia produtiva sofra com os impactos da guerra. De acordo com o índice das Nações Unidas, em 2022 o preço mundial dos grãos já subiu 14%, o das carnes cerca de 15% e o dos produtos lácteos quase 25%.

SÃO PAULO E RIO
Esses aumentos já podem ser notados no dia a dia do consumidor nas duas maiores cidades brasileiras, São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o setor de alimentos representou 2,26% de tudo que o paulistano gastou em fevereiro. Já na Capital Fluminense, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15, o setor teve uma leve alta nos preços em fevereiro (1,03%), seguido por uma alta nos artigos de residência (1,34%) que em parte usam insumos agrícolas.

Outro fator que deve gerar impacto na inflação e nos custos do setor é o aumento no preço dos combustíveis, anunciado pela Petrobras na última quinta-feira, 10. O preço médio da gasolina para distribuidoras sofreu aumento de 18,8%, enquanto o diesel teve reajuste ainda maior, de 24,9%.

*Com informações Uol, Terra e Giro News

Foto: Hanson Lu – Unsplash

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