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Confira os principais destaques da participação da ANR no Global Retail Show, maior evento de varejo do país

Cristiano Melles, presidente da ANR, e Fernando Blower, diretor executivo da ANR e presidente do SindRio, comandaram na última quarta-feira um painel do Global Retail Show, um dos maiores eventos de varejo do mundo e
principal encontro do setor no país. Mediado pelo jornalista Ederaldo Kosa, o encontro discutiu as perspectivas para o setor de alimentação fora do lar, além de apresentar as ações que a entidade tem capitaneado para colaborar com
seus associados durante a pandemia e, principalmente, na saída da crise.

“Enquanto não houver uma vacina a alimentação fora do lar não vai alcançar o faturamento obtido no primeiro trimestre do ano. O setor vinha do melhor trimestre dos últimos seis anos. Com a pandemia, o faturamento de
muitos bares e restaurantes caiu cerca de 90%. Estamos seguindo os protocolos sanitários e nossa expectativa é que a melhora seja gradativa. Na minha visão, vai acontecer de maneira mais consistente apenas no primeiro semestre
de 2021”, destacou Melles.

Para Blower, a recuperação será lenta, não só em razão da ausência da vacina até o momento, mas por conta da conjuntura econômica. “A baixa do poder de compra da população reflete diretamente no setor, o que é muito
ruim, já que bares e restaurantes possuem uma importância social e econômica muito grande, tanto na questão da empregabilidade quanto em relação à identidade cultural”, completou.

Outro ponto em debate foram as medidas governamentais para auxiliar o setor como, por exemplo, a MP 936, que virou a Lei 14.020. “A MP dos Salários preservou milhões de empregos, porém atende a base da pirâmide. Há o Pronampe também, mas o médio operador, que já saiu do SIMPLES, está desamparado. Faltam linhas específicas para o setor”, destacou o presidente da ANR.

Além dos pleitos nacionais, as lideranças falaram de reivindicações regionais, como a tolerância de permanência de pelo menos uma hora após às 22h na capital paulista (veja mais na nota abaixo). “Cada cidade está adotando
critérios próprios de reabertura. É preciso dialogar e mostrar as demandas do setor. Queremos uma retomada segura, mas que seja executável. Defendo uma ampliação maior de horário, pois isso evita aglomerações. Ainda é fundamental pensar em mais medidas para a ocupação ordenada de áreas abertas. É necessário ter regras claras, apoio do poder público e uma desburocratização”, disse Blower.

Segundo Melles, o setor, mesmo antes da pandemia, já tinha importantes cuidados com a saúde e segurança do consumidor. “A preocupação, agora, é com a continuidade da MP dos Salários, fluxo de caixa, concessão de crédito
e reforma tributária. É uma crise de começo, meio e fim. O sucesso do setor estará ligado com as medidas de apoio para a sobrevivência”, concluiu.

As altas taxas dos aplicativos de delivery e os principais números da quinta pesquisa da série Covid-19 realizada pela ANR, a segunda em parceria com a consultoria Galunion, também foram pautas do debate, realizado na última
quarta-feira (16).

ENCONTRO REÚNE LIDERANÇAS DO SETOR

No mesmo dia e evento, Cristiano Melles participou de debate sobre os caminhos para a recuperação do setor da alimentação fora do lar no país ao lado do presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, e do presidente do Instituto Foodservice Brasil (IFB), Ely Mizrahi. A mediação ficou a cargo de Ricardo Bomeny, presidente do Conselho de Associados da ABF e CEO da BFFC (Brazil Fast Food Corp.), holding que controla as marcas Bob’s, Yoggi, além de ser franqueada das marcas KFC e Pizza Hut (na cidade de São Paulo).

“As entidades se uniram para falar sobre o desemprego e nosso setor cacifou a MP dos Salários. Porém, ela é só uma ponta das medidas necessárias para a manutenção do emprego. Precisamos de um contínuo apoio enquanto a pandemia estiver vigente. Temos que estratificar os setores e especificar os mais afetados. Sem isso, a única saída é o
prejuízo. Os índices da nossa última pesquisa, como o número de estabelecimentos que não vão mais abrir (22%) e daquelas empresas com mais de uma unidade que já promoveram o fechamento de alguma loja (42%), tendem a piorar se os auxílios não continuarem.” Cristiano Melles, presidente da ANR

“O Brasil não é um país bom em fazer planejamentos e dialogar. A sociedade civil aqui não é bem articulada. Nós não tivemos um protocolo com o mínimo de padrão. Mesmo com os esforços das entidades, cada cidade possui regras e protocolos específicos. Perdemos a oportunidade de usar algumas boas práticas do exterior. Também faltam medidas de isenção específicas para o setor de alimentação fora do lar.” Paulo Solmucci, presidente da Abrasel

“Fizemos uma construção de soluções em conjunto para os desafios enfrentados pelo setor. É fundamental que o poder público e a sociedade entendam nossa realidade. Temos que conciliar as questões de saúde e sanitárias com a sobrevivência das empresas e empregos.” Ely Mizrahi, presidente do Instituto Foodservice Brasil (IFB)

“Desde o início da crise, temos elegido prioridades em relação aos pleitos como, por exemplo, crédito, protocolos de abertura e temas trabalhistas e tributários. Estamos acompanhando algumas notícias sobre a questão do horário de funcionamento e aproveito para fazer um questionamento: se o horário das eleições será estendido para evitar
aglomerações, por qual razão o horário de funcionamento de bares e restaurantes precisa ser restringido? É uma contradição.” Ricardo Bomeny, presidente do Conselho de Associados da ABF e CEO da BFFC (Brazil Fast Food Corp)

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