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Confiança do comércio mostra sinais de recuperação, mas desafios permanecem 

O mês de agosto trouxe um respiro para o setor comercial brasileiro. Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) registrou um aumento de 0,3%, atingindo 110,6 pontos. Este resultado interrompeu uma sequência de três meses de quedas consecutivas e colocou o índice na zona de satisfação. No entanto, é importante notar que, em comparação com agosto do ano passado, houve uma queda de 10,8% na confiança. 

José Roberto Tadros, presidente da CNC, destaca que, apesar da melhora pontual, os desafios persistem. As incertezas econômicas e do ambiente empresarial continuam a ser uma preocupação para os comerciantes. Além disso, o aumento da confiança ainda não se traduziu em expectativas anuais mais otimistas para o setor. 

Expectativas Moderadas e Investimentos 

As expectativas dos empresários para os próximos seis meses são moderadas, com um leve declínio de 0,2%. No entanto, houve um aumento de 1% na confiança sobre o cenário atual e um crescimento de 0,7% na intenção de contratar funcionários. Esses números podem ser atribuídos a diversos fatores, como a aproximação de datas importantes para o varejo e a resiliência do mercado de trabalho. 

Inadimplência Empresarial em Alta 

Um dos pontos de preocupação é o aumento da inadimplência empresarial. Dados do Banco Central mostram que cerca de 3,3% do crédito destinado às empresas está em situação de inadimplência há mais de três meses. Este é o maior percentual desde agosto de 2018 e afeta principalmente os segmentos mais dependentes de vendas a prazo. 

Otimismo em Segmentos Específicos 

Apesar dos desafios, alguns segmentos mostram sinais de otimismo. O índice de confiança dos comerciantes de bens duráveis atingiu 105,3 pontos, impulsionado pela redução da Selic e das taxas de juros de mercado. Além disso, a pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) indicou uma maior intenção de compra, especialmente em categorias como supermercados, farmácias, vestuários e calçados. 

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