Em 2019 foi suspensa a exigência de vistos de entrada no Brasil para cidadãos dos Estados Unidos, Canadá, Japão e Austrália. No entanto, atual governo anunciou que voltará a exigir visto de entrada para pessoas destas nacionalidades.
Segundo avaliação do Governo Lula, o impacto deve ser pequeno, usando como justificativa dados de fluxo de entrada de pessoas oriundas destes países com o início da isenção. Segundo estes dados, de fato houve aumento de 12% na entrada de americanos em 2019, porém, houve queda de 4,4% na entrada de japoneses.
Dados publicados pelo Governo Federal, mostram que o país teve recorde no turismo com 868 mil visitantes estrangeiros em janeiro de 2023, superando em 100 mil pessoas no mesmo período de 2019 e sendo o triplo do mesmo período de 2022. O setor acredita que a isenção de vistos, especialmente para EUA e Canadá, teve influência neste resultado.
Para Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) e coordenador do Conselho de Turismo da Confederação Nacional de Comércio (CNC), na qual a ANR tem assento, esta medida ainda prejudicará a escolha do Brasil como sede para eventos como conferências e exibições além de shows culturais com artistas estrangeiros.
Para o CEO do Parque Bondinho Pão de Açúcar, Sandro Fernandes, ao invés de exigir vistos de entrada, o governo deveria discutir e buscar escolher novos países para isentar da exigência. “Qualquer país que tem o turismo como fonte de desenvolvimento e de geração de renda, tem que facilitar a entrada de visitantes neste momento que o país se abre para o mundo com o lançamento da nova Marca Brasil, convidando todos a virem nos visitar”, destacou Fernandes.
Para Alexandre Sampaio, uma decisão como esta deveria ser avaliada com representantes do turismo nacional já que poderá prejudicar a relação com esses países tornando o Brasil menos atrativo para estrangeiros desestimulando o turismo internacional em solo brasileiro.
As entidades participantes do Conselho de Turismo da CNC, incluindo a ANR como signatária, enviarão este pleito formalmente às autoridades Brasileiras para evitar este retrocesso nas relações de turismo.