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A nova era dos benefícios: como empresas buscam atrair e reter talentos de forma fora do tradicional

Em uma pesquisa realizada pela fintech Onze com 2.095 funcionários contratados em regime CLT e 1.096 profissionais de RH de todo o país, constatou-se que pacotes de benefícios ainda são atrativos entre os mais importantes para 62% dos trabalhadores de empresas com mais de 100 funcionários para que estes se mantenham no emprego. 

Mas, por outro lado, as empresas ainda não estão se preocupando com as necessidades individuais das pessoas e acabam mantendo apenas o tradicional plano de saúde e vale-refeição. E isso pode diminuir a competitividade destes negócios e a atração e retenção de talentos. A Meta, por exemplo (antiga Facebook), oferece uma quantia em dinheiro para que o funcionário gaste onde e como escolher, mas dentro do quesito saúde, seja ela mental, física ou financeira. 

Nos Estados Unidos, por exemplo, as empresas têm oferecido como benefício o congelamento de óvulos já que muitas mulheres adiam os planos de ter filhos em função da carreira. O benefício ajuda a manter o foco destas pessoas na carreira ainda minimizando o peso e a culpa pela escolha. Já a multinacional Diageo oferece licença parental a todos os funcionários, independente da configuração dos casai além dos pais adotivos com salários e benefícios integrais por 26 semanas. 

A Vivo dá aos seus empregados o direito de se ausentar por dois dias quando adotam animais e a a Mars permite afastamento remunerado de 8 horas para funcionários que adquirem ou perdem um pet. Essas ações levam em consideração não só o estímulo a adoção consciente de animais, mas também os estudos que apontam o impacto positivo dos animais na vida das pessoas com reflexo na saúde mental e consequente produtividade. 

Os benefícios flexíveis são parte desta nova era, permitindo aos gestores e funcionários encontrarem os benefícios que mais se adequam ao perfil de cada um. Hoje existem diversas alternativas de sistemas de benefícios onde o valor é convertido em crédito a ser usado em diferentes estabelecimentos, não só em restaurantes. 

Apesar das inovações nas formas de benefícios, o mesmo estudo da Onze supra citado mostra que plano de saúde ainda é algo decisivo para os profissionais aceitarem uma vaga. E com foco neste aspecto, o Grupo Boticário oferece um benefício que se destaca:  a possibilidade de uma “segunda opinião” feita por médicos especialistas de hospitais como Albert Einstein e de instituições de ensino como John Hopkins, Cambridge e Harvard. Frente um diagnóstico, o funcionário ou seu dependente envia uma série de documentos que são encaminhados a estes profissionais que devolvem um dossiê com esclarecimento de dúvidas, indicações de novos exames e/ou opções terapêuticas e até o currículo dos profissionais envolvidos. Se os tratamentos indicados não fizerem parte do rol da ANS, a empresa envia para análise de um comitê interno para avaliar a possibilidade de a companhia custear o tratamento. 

Como você e sua empresa estão atuando para atrair e reter talentos? 

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