São Paulo começa rodízio para diminuir circulação
A cidade de São Paulo começou um novo sistema de rodízio de carros nesta segunda-feira para tentar tirar das ruas metade da frota. Carros com placas de final par só poderão rodar em dias da semana pares e veículos com final ímpar, nos dias ímpares. A medida vale para toda a cidade, não apenas o centro expandido, durante as 24 horas do dia, inclusive aos sábados e domingos. O decreto estabelece multa de R$ 130 para quem desrespeitar a regra e perda de quatro pontos na CNH.
O texto também define os serviços que estão autorizados a circular na cidade. O delivery praticado pelos restaurantes e similares não deve ser afetado, uma vez que as motocicletas estão expressamente excluídas da restrição de circulação. Também estão excluídos, dentre outros, os veículos, próprios ou contratados, de transporte de produtos alimentares perecíveis, sujeitos a cadastramento específico
Quarentena
Com os números crescentes dos casos de COVID-19 em todo o Estado e a baixa adesão ao isolamento social em muitas cidades, o governo de São Paulo decidiu estender a quarentena. Prevista inicialmente para terminar nesta segunda- -feira (11), agora será prorrogada até o dia 31 de maio, sem flexibilização em todos os 645 municípios.
Em seu pronunciamento na última sexta-feira, o governador João Doria defendeu que o afrouxamento das medidas restritivas, neste momento, prejudicaria não apenas o sistema de saúde, mas também a própria recuperação econômica do estado. Com a decisão, permanecem autorizados a funcionar apenas serviços essenciais. Questionado se há algum protocolo de lockdown, o bloqueio total das atividades, Doria afirmou que, por enquanto, não há, mas a medida “não esta descartada”.
A economista Ana Carla Abraão, coordenadora do “Plano São Paulo“, disse que a equipe econômica do governo está pronta para colocar o plano de reabertura gradual da economia paulista em vigor, mas isso só será feito “no momento em que os indicadores de saúde determinarem que é o momento seguro”. Em princípio, será necessário que haja uma redução sustentada do número de casos por 14 dias e taxa de ocupação de UTI no estado menor que 60%. Atualmente, esse índice é de 89%.
