ANR e entidades do setor pedem apoio financeiro ao governo de até dois salários mínimos para evitar demissões
O presidente da ANR, Cristiano Melles, ao lado de presidentes das demais associações do food service do país – a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL), a Associação Brasileira de Franchising (ABF) e o Instituto Food Service Brasil (IFB) – passaram a semana negociando com o Governo medidas para conter as demissões no setor e o fechamento de muitas empresas em função da crise do coronavírus.
Pela primeira vez, as associações assinaram documentos em conjunto com reivindicações ao Governo Federal. Na segunda-feira, dia 16, a primeira carta chegou ao ministro Paulo Guedes com pedidos de financiamentos de impostos, flexibilização das regras para concessão de férias, criação de linhas especiais de crédito, entre outras reivindicações.
O principal pleito, no entanto, viria no sábado, 21, quando as entidades assinaram novo documento pedindo ao Governo Federal, em caráter de urgência, o pagamento de um a dois salários mínimos para todos os empregados do segmento, todos os meses, enquanto durar a crise.
No domingo à noite, o Governo publicou no Diário Oficial nova Medida Provisória (veja nota abaixo) autorizando a suspensão do contrato de trabalho por até quatro meses. Segundo a MP, durante esse período a empresa deixaria de pagar salários, mas seria obrigada a oferecer curso de qualificação online ao trabalhador e a manter benefícios, como planos de saúde. Depois de uma enxurrada de críticas de todos os setores da economia, o presidente Jair Bolsonaro revogou a MP. O governo deve agora editar novas medidas ao longo da semana para viabilizar redução de salários
e jornadas em até 50%.
Para o presidente da ANR, Cristiano Melles, o setor seguirá pleiteando o auxílio financeiro, considerado por todas as entidades como única e urgente solução para evitar as demissões e o fechamento de muitas empresas. No paralelo, estão sendo negociados acordos sindicais diretos com categorias de trabalhadores para flexibilizar regras trabalhistas.
A ANR criou uma área específica em seu site que reúne todos os documentos, guias, informativos e acordos sindicais mais relevantes na crise. A área é aberta a todas as empresas, mesmo os não associados.
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