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Pesquisa ANR Com Operadores de Foodservice: Tendências e Estratégias no setor 

A Associação Nacional de Restaurantes (ANR), em sua tradicional pesquisa “Alimentação Hoje: A Visão dos Operadores de Foodservice”, agora em mais uma edição, revela insights sobre o setor de foodservice. Realizada em parceria com a consultoria GALUNION e a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), a pesquisa incluiu 10 mil marcas e destacou o desempenho financeiro e as estratégias adotadas frente aos desafios econômicos. 

Desempenho Financeiro do Setor 

Os participantes da pesquisa, majoritariamente operadores independentes (73%) e redes (13%), apresentaram um panorama financeiro misto. Cerca de 58% registraram aumento no faturamento em comparação a 2022, com 63% obtendo lucro, 30% com lucro próximo a zero, e 7% em prejuízo, refletindo a desigualdade do setor. 

Estratégias para Superar Desafios 

A pesquisa analisou estratégias adotadas pelos operadores para superar o aumento dos custos dos insumos. Destaca-se que 65% focaram na redução de desperdícios. Além disso, 61% ajustaram os preços do cardápio, enquanto a maioria realizou modificações, impulsionada por motivos como tornar a oferta mais atrativa (35%), buscar custos competitivos junto aos fornecedores (28%), e lidar com problemas de abastecimento e inflação de custos (27%). 

Outras estratégias, como a aquisição de produtos de novos fornecedores (49%), a substituição de ingredientes nas receitas (35%) e o ajuste das porções, foram adotadas. Em resposta, 89% mostraram-se abertos a conhecer novos produtos ou ingredientes para incluir no cardápio. 

“Como os operadores enfrentaram um cenário impactado pela inflação de alimentos, foi necessário se adaptar e buscar soluções para mitigar os prejuízos. A mudança no cardápio é apenas a ponta do iceberg notada pelo consumidor, já que a dinâmica envolve uma análise profunda dos processos internos utilizados”, explica Fernando Blower, diretor executivo da ANR. 

Relacionamentos e Oportunidades no Abastecimento 

A pesquisa também destacou mudanças nas formas de abastecimento, com ênfase na compra em atacados e cash&carry, compra direta da indústria, e distribuidores especializados. Além disso, 60% dos operadores utilizam o WhatsApp para se relacionar com fornecedores, e 55% para efetuar pedidos. 

“A pesquisa confirma que 65% dos operadores preferem a compra direta da indústria de alimentos, reforçando a necessidade de investirmos em soluções que ofereçam uma proposta de valor diferenciada para os estabelecimentos. Esse dado se destaca nas áreas em que os operadores buscam apoio dos fornecedores, incluindo produtos para aumentar a produtividade e informações sobre desempenho e comportamento do consumidor, ressaltando a importância de fortalecer o modelo de parceria na prestação de serviços da indústria.”, declara o presidente executivo da ABIA, João Dornellas. 

Prioridades dos Operadores 

Quando se trata de escolher fornecedores, 91% priorizam preço e custo-benefício, enquanto para produtos, qualidade (86%) e preço (85%) são os principais critérios. 

“Ficou claro que operadores, de redes ou independentes, buscam apoio dos fornecedores. Neste contexto, 73% desejam informações sobre o comportamento de consumidores e tendências para o negócio, enquanto 72% buscam produtos que simplifiquem a cozinha, gerando ganhos de produtividade. Para ampliar o suporte, 69% sugerem sessões de inovação, e 68% buscam redução de preços e custos. Com 67%, há interesse em informações sobre produtos e comparações de performances entre marcas. Considerando esses pontos, é uma grande oportunidade para os fornecedores atuarem nesse sentido”, revela a CEO da GALUNION, Simone Galante. 

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