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Mudar para sobreviver. Novas estratégias de restaurantes brasileiros e americanos para driblar a crise

Nos Estados Unidos, a tradicional hamburgueria Shake Shack tenta atrair o público que está optando por cardápios mais baratos, mas que busca comida com alguma sofisticação lançando uma linha com trufas brancas (hamburguer, hamburguer vegetariano e batatas fritas com parmesão). Mas a campanha vai além dos novos itens oferecendo uma experiência inédita por um período limitado: ao longo desta semana (de 27/02 a 02/03), 10 lojas ao redor do país oferecerão a Truffle Table Experience, uma mesa para duas pessoas, com porcelana fina, toalhas de mesa em tecido e taças de vinho. Tudo por 20 dólares mais taxas por pessoa. 

Já aqui no Brasil, as pizzarias estão buscando novos clientes incentivando o consumo para além do jantar, algo que faz parte dos hábitos nacionais. Com o custo dos ingredientes tendo subido 50% nos últimos dois anos e meio e sem poder fazer o repasse total aos clientes, além de ampliar os horários de funcionamento, pizzarias estão incluindo itens em seus cardápios como entradas de menor valor e dando mais peso a outros ingredientes, como o requeijão, que é mais barato que a muçarela, por exemplo. 

A criação de combos e aumento do tíquete médio com a compra de complementos como entradas e sobremesas também tem sido estratégia para diversos restaurantes. Essa é uma forma encontrada de compensar a inflação sem repassar os custos individualmente. 

Junto a tudo isso, diversas cadeias de pizzas estão expandindo seus negócios para novas praças, saindo do eixo das Capitais Rio e São Paulo. Novas lojas nas cidades do interior e em estados como Amapá, Rio Grande do Norte e Sergipe abrem espaço para crescimento e compensação das margens espremidas pelas altas nos preços dos insumos. 

As mudanças são mais que necessárias, são essenciais para a sobrevivência dos negócios de FoodService. 

*Foto de capa: divulgação Shake Shack 

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