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ESG deve fazer parte das estratégias de negócio e não um anexo

A preservação do planeta vai além da questão do meio ambiente: ela envolve a redução da pobreza, da desigualdade e de todas as formas de discriminação. É por isso que a pauta ESG (do inglês, Environmental, Social and Governance ou Ambiente, Social e Governança) ganha força e mobiliza sociedade, poder público e setor produtivo. 

Considerando-se que o setor de serviços é responsável por quase 70% do PIB, das novas empresas abertas em 2022 e dos empregos no país, este passa a ter papel fundamental na redução dos problemas sociais e climáticos. 

Em termos de governo, o Poder Judiciário possui, entre outras, duas importantes ações de grande impacto. O primeiro, com foco social, é a emissão de certidão de nascimento para pessoas que vivem nas ruas. O segundo, com foco ambiental, é levantar os processos judiciais que tratam de meio ambiente e sustentabilidade para identificar as dificuldades encontradas pelos juízes na análise destas causas, além de pontos de estrangulamento que possam atrasar os processos. 

E para as empresas, é preciso fazer com estas pensem o ESG como parte de suas estratégias. Pensar a inclusão, por exemplo, está ligada ao ambiente, ao social e à governança. Hoje, investidores já optam por empresas que adotam práticas ESG, que tenham iniciativas de combate ao racismo, sexismo e assédio. 

Apesar de ainda lento, já é possível ver algumas mudanças. Especialmente no setor de alimentação fora do lar, já existem programas bem-sucedidos neste sentido. É o caso do Gastromotiva que oferece cursos de formação gratuitos área de gastronomia e ainda tem o Refettorio Gastromotiva onde alunos e chefs renomados cozinham de 2ª a 6ª para 90 pessoas em situação de vulnerabilidade social que é servido por voluntários. Bem como o Learning For Life, programa de treinamento de bartenders do Instituto Diageo. Ambos os programas tem foco em profissionalizar pessoas em situação de vulnerabilidade. Em 2022, a AMBEV lançou o Bora, onde mil jovens selecionados através de parcerias com o Instituto da Criança, selecionou mil jovens para o 1º piloto do projeto. Estes jovens passaram por um programa de qualificação profissional para atuação em bares, restaurantes e hotéis com base nos pilares emocional, comportamental e técnico, montado em parceria com o SindRio e, os 100 primeiros que completaram a jornada receberam bolsa para cursos presenciais e certificados do SindRio escolhendo entre pizzaiolo, garçom e garçonete, bartender, auxiliar de cozinha e lancheiro. O Bora agora conta com um segundo piloto que acontece em São Luís do Maranhão (MA) e Recife (PE) em parceria com a Rede Mulher Empreendedora buscando impactar mulheres que atuam com alimentação. 

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