O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação no Brasil, apresentou alta de 0,16% em janeiro de 2025, desacelerando em relação a dezembro (0,52%). No acumulado de 12 meses, a inflação chegou a 4,56%, ultrapassando o teto da meta de 4,5% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Transportes e alimentação pressionam o índice
A desaceleração do IPCA foi influenciada pela deflação do grupo Habitação (-3,08%), impulsionada pelo bônus da Usina de Itaipu, que gerou desconto na conta de luz. No entanto, os grupos Transportes (1,30%) e Alimentação e Bebidas (0,96%) impediram uma queda maior do índice.
A alta dos preços em Transportes foi puxada pelo reajuste das passagens aéreas e pelo aumento nos combustíveis. Já no setor de alimentação, os preços dos alimentos continuaram subindo, impactando diretamente o orçamento das famílias brasileiras.
Perspectivas para 2025
De acordo com projeções da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a inflação deve seguir pressionada ao longo do ano. A entidade estima uma variação de 0,21% em fevereiro e um acumulado de 4,70% para 2025, indicando desafios contínuos no controle dos preços.
O cenário reforça a necessidade de atenção por parte de consumidores e empresários do setor de alimentação fora do lar, que enfrentam constantes ajustes de preços e custos operacionais.
