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Inflação no Brasil tem leve alta em setembro de 2023, com destaque para o setor de alimentação

Em setembro, o IPCA, índice de inflação oficial no Brasil, registrou mais um mês de baixa inflação
(+0,26%), levemente acima da registrada em agosto (+0,23%). O resultado do último mês foi puxado
pelos grupos: Transporte (+1,4%) e Habitação (+0,5%). Respectivamente, pesaram a alta de preços
de gasolina (+2,8%) e energia elétrica residencial (+1,0%).
Por sua vez, o setor de Restaurante e bares, analisado no subgrupo Alimentação fora do domicílio,
registrou inflação em setembro (+0,12%) bem abaixo da média geral. Porém, foi o 22º mês
consecutivo de inflação no setor, ou seja, a conta todo mês está ficando mais cara.

Dentre os alimentos consumidos fora do domicílio, registraram inflação em setembro tanto a
refeição (+0,1%) como o lanche (+0,1%), porém essas variações foram menos intensas que em agosto
(+0,2% e +0,3%, respectivamente). Dentre as bebidas consumidas nos Restaurantes e bares, os
preços da cerveja (+0,1%) e do cafezinho (+0,8%) aumentaram, enquanto o de refrigerante e água
mineral reduziu (-0,4%). Entre as sobremesas, o sorvete (+2,3%) registrou forte inflação no último
mês, ao passo que os doces reduziram de preço em setembro (-1,6%).
No acumulado do ano até setembro, a inflação de Alimentação fora do domicílio (+4,0%) ficou acima
da média geral (+3,5%). Essa inflação dos Restaurante e bares brasileiros está disseminada por todos
os produtos oferecidos.

O preço do lanche (+6,1%) aumentou mais que a média geral, enquanto a
refeição (+3,0%) pouco menos. Dentre as bebidas consumidas fora do domicílio, registraram inflação
acima da média geral a cerveja (+3,8%) e o cafezinho (+3,8%) e abaixo da média o refrigerante e água
mineral (+2,7%). As sobremesas, por sua vez, foram as que mais subiram de preço: sorvete (+7,4%) e
doces (+3,8%).

Importante destacar que essa inflação de Restaurantes e bares está concentrada dentro dos próprios
estabelecimentos, uma vez que os preços da Alimentação em domicílio, ou seja, dos alimentos e
bebidas vendidos em supermercados, registraram deflação nesse mesmo período (-2,8%).

Pesquisa realizada pela Future Tank, Consultoria de Estratégia e Gestão e parceira da ANR.

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