Em funcionamento desde o dia 2 de março, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Aplicativos ampliou seu foco de atuação e agora investiga a operação de restaurantes no formato dark kitchens, aqueles voltados apenas ao delivery. Na terça-feira (17), a CPI ouviu na condição de testemunha, Jorge Pio, proprietário da Kitchen Central, empresa que engloba 18 unidades com mais de 20 restaurantes em diferentes regiões da cidade de São Paulo. O objetivo da investigação é descobrir se a modalidade está em conformidade com as leis do setor de food service e qual é relação da empresa com os aplicativos de entrega, como Ifood e Rappi.
Em seu depoimento, o administrador negou que haja qualquer ilegalidade na maneira como colaboradores são contratados ou na forma como viagens são realizadas. Segundo o proprietário do Kitchen Central, as plataformas de entrega agem apenas como parceiros do negócio e seus restaurantes não possuem nenhum vínculo explícito com aplicativos.
Na mesma sessão em que foi debatido o caso da Kitchen Central, a CPI dos Aplicativos aprovou um requerimento que prorroga seus trabalhos por mais 120 dias. Isso quer dizer que o grupo continuará suas investigações sobre a atuação dos aplicativos de transporte, o uso das plataformas de food service e, agora, da atividade das dark kitchens até o fim de agosto.
*Com informações Câmara Municipal de São Paulo e Blog do Vereador Marlon Luz
Foto: Daniel Nijland