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ANR vê com cautela proposta de reforma tributária em debate no Congresso

Com realização do Canal Restaurante e apoio da ANR, aconteceu na última quarta-feira (25), na Câmara dos Deputados, em Brasília, o painel Liberdade Econômica e Reforma Tributária, no qual foram debatidos os benefícios e as providências cabíveis para a redução de impostos no segmento de bares e restaurantes dentro do texto da proposta.

Segundo Fernando Blower, diretor-executivo da ANR, o setor de food service olha com cautela e preocupação um possível aumento de encargos por meio da proposta. “Em um primeiro momento acreditamos que a reforma proposta pode onerar ainda mais o setor, em um momento em que as empresas apenas começam a tentar se recuperar da maior crise de nossa história, causada pela pandemia”, afirma. Para Blower, o setor não suporta nenhuma nova alta e tributos.

Transmitido ao vivo pelo canal, o evento contou com participação do deputado federal Jerônimo Goergen, relator do projeto de Liberdade Econômica, do senador Roberto Rocha, relator da proposta de Reforma Tributária e do ex deputado e economista, Luiz Carlos Hauly, entre outros.

Para o senador Izalci Lucas (PSDB-DF), o debate foi importante para senadores e deputados entenderem os ajustes cabíveis, dentro da reforma, para o ramo de bares, restaurantes e serviços. “Durante a discussão da PEC 110/19, aqui no evento, a boa participação das organizações do segmento revelou que não podemos deixar o setor de serviços e food service sem apoio. Vivemos em um país que gasta muito e gasta mal. Assim, precisamos planejar melhor como aplicamos nosso dinheiro para depois pensarmos onde os impostos se encaixam”, justifica o senador.

Segundo Luiz Carlos Hauly, autor do texto original da proposta, com a implementação de ajustes no texto, o setor de serviços e de food service tem muito a ganhar com a implementação da Reforma Tributária. “Uma vez observadas as reivindicações do setor, a diminuição de cerca de 30% da carga de impostos PIS/Cofins irá destravar a economia brasileira, injetando mais de 5% do PIB na economia doméstica dos brasileiros. Isso significa que os mais de R$ 500 bilhões anualmente liberados poderão ser gastos com passeios, idas a restaurantes e mais compras no supermercado pelas famílias. Dessa forma, os recursos concedidos pela Reforma Tributária serão a força motriz da economia brasileira nos próximos 20 anos”, explica o ex-deputado.

O evento em Brasília teve também o apoio da Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas (ABERC), da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) e da Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares de São Paulo (Fhoresp). Segundo a ANR, é fundamental que a discussão da reforma seja acompanhada pela inclusão do setor entre os segmentos contemplados pela desoneração da folha de pagamento. Para ter acesso à íntegra do debate, clique aqui.

Foto: Freepik

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