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Transformação digital em cenários adversos – Segundo Painel do ENCOVISAS

Em meio à hiperconexão, a transformação digital tem sido muito mais do que uma tendência. Tornou-se uma realidade para as empresas que querem se destacar no mercado, oferecendo experiências personalizadas para seus consumidores. Durante a pandemia, o avanço tecnológico também foi o responsável por garantir a sobrevivência de muitas companhias, possibilitando até alguma geração de receita em novos negócios. Na alimentação fora do lar, pesquisa realizada pela ANR, em parceria com a Galunion Consultoria e o IFB, mostrou que apesar de muito relevante para o setor, 32% dos respondentes ainda consideram a transformação digital e a gestão baseada em dados um dos grandes desafios para a retomada.

Muito além de um bom sistema de delivery ou de facilidades para os meios de pagamento, a tecnologia pode e deve ser empregada para integrar todos os processos dos estabelecimentos e para garantir a qualidade e a segurança dos alimentos à mesa. “O primeiro ponto é alinhar as expectativas e necessidades com todos os stakeholders e depois conhecer seu modelo de negócio e entender o que faz sentido para sua estratégia. Com base nisso, o próximo momento é entender o cliente e a experiência dele em contato com a sua marca e, assim, fazer investimentos, com propósitos claros”, explicou Luana Mariano de Carvalho, coordenadora de Transformação Digital da Bureau Veritas.

Rodrigo Prado, presidente do S/IVISA do Rio de Janeiro, trouxe sua experiência digital em cima do sistema de vigilância sanitária local. “Todos os requerimentos eram presenciais, burocráticos e lentos. Em 2016, implementamos o Carioca Digital, plataforma que agrega todos os serviços da prefeitura do Rio, melhorando o sistema. Dois anos depois, em 2018, criamos o Código Sanitário, consolidando nele todas as leis referentes às fiscalizações. Com isso, conquistamos a redução do tempo médio para liberação de Licenciamento por Autodeclaração, Licenciamento em 10 perguntas e transparência no cálculo da taxa a ser paga. Isso sem contar o sistema de autenticação de licença via QR Code”, afirmou.

Marcella Baccan, coordenadora de Qualidade da Cia Tradicional do Comércio, apresentou os resultados da transformação digital dentro da área de segurança dos alimentos na empresa, acelerada por conta da pandemia. “Com a adoção das tecnologias aumentamos a agilidade dos processos, do treinamento dos colaboradores e diminuímos perdas de dados”, comentou. Entre as novidades estão uma impressora de etiquetas com software próprio, que possibilitou menor desperdício, redução de custos e maior agilidade da produção em larga escala, além da criação de pastas online, que oferecem mais rapidez na disponibilização de documentações para as lojas e menor fluxo de e-mails enviados.

Foto: NordWood Themes – Unsplash

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