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63% dos bares e restaurantes ainda não retomaram as vendas da pré-pandemia; para 48%, recuperação pode levar até 3 anos

Mesmo com a retomada do setor, estabelecimentos de todo o país ainda enfrentam dificuldades para retomar o perfil de faturamento do período anterior à pandemia. Segundo a nova pesquisa da série Covid-
19, realizada pela ANR, pela consultoria Galunion, especializada no mercado food service, e pelo Instituto Foodservice Brasil (IFB), 63% das empresas ainda não recuperaram as vendas da pré-pandemia, na
comparação de outubro de 2021 com outubro de 2019.

A pesquisa foi realizada entre os dias 1º e 28 de novembro com 560 empresas de todo o país, que representam 15.512 lojas. O nível de endividamento das empresas teve uma pequena melhora em relação à setembro. Na ocasião, 55% dos estabelecimentos se declaravam endividados. Hoje, esse percentual caiu para 48%. A maior parte das dívidas, segundo 78% dos entrevistados, está nos bancos. Quase metade
dos respondentes (48%) afirmaram que vão levar até 3 anos para pagar seus débitos, mesmo índice da pesquisa anterior.

Para Fernando Blower, diretor Executivo da ANR, a pesquisa revela que a recuperação está apenas no início e o setor ainda tem um longo caminho a percorrer. “A boa notícia é que temos uma pequena melhora de alguns indicadores, como o número de empresas endividadas. Mas o processo de recuperação será longo. E ainda vivemos momentos de muita apreensão com o aumento de casos de Covid-19 na Europa e a chegada da nova variante. Também nos preocupa muito a volta da inflação, que já tivemos que lidar este ano e certamente será um dos nossos desafios para 2022”, afirma.

DESAFIOS E FATURAMENTO
A pesquisa quis saber se os clientes voltaram a consumir como antes da pandemia. 47% disseram que não e 34% responderam afirmativamente. Outros 18% dos entrevistados representam lojas que foram abertas na pandemia. Um dos fatores que ajuda a explicar a situação atual do segmento é a quantidade de empresas que afirmaram operar com número de colaboradores abaixo do ideal: 69%.

Sobre trabalhos temporários de fim de ano, a maior parte das empresas – 53% – afirma que não irá contratar e outros 47% admitem que devem ampliar o quadro de colaboradores. Com o avanço da vacinação no segundo semestre e a abertura do setor sem restrições na maior parte do país, as empresas esperam faturar 39%, em média, acima do primeiro (período em que houve novo lockdown em boa parte do país por causa da expansão da Covid-19, especialmente entre os meses de março e abril).

A respeito do faturamento total do ano, 53% das empresas afirmam que esperam terminar com aumento do lucro em relação a 2020. Outros 20% disseram que seguem em estabilidade e 17% com prejuízo. Em relação aos principais desafios para 2022, aparecem com destaque atrair novos clientes e crescer vendas (68%) e a inflação (64%).

Photo by Pylyp Sukhenko on Unsplash

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