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5º Café da Manhã ANR discute crescimento econômico, investimentos, marketing digital e outros assuntos relevantes para o food service

O 5º Café da Manhã ANR reuniu no último dia 18, em São Paulo, um grupo de CEOs e diretores de empresas de food service para discutir os cenários prováveis para o Brasil na economia e na política em 2020. Bruno Bianco, novo secretário especial de Previdência e Trabalho, Daniel Braga, consultor de Marketing Estratégico, Gustavo Arruda, economista-chefe do BNP Paribas, e Caio Coppolla, influenciador digital e novo apresentador da CNN Brasil, foram os palestrantes.

O presidente da ANR, Cristiano Melles, abriu o evento e destacou alguns dos principais desafios do setor para 2020, como a reforma tributária. Ele também apresentou aos convidados a Revista ANR, lançada na data, com temas que impactam o setor em todo o país. “Avançamos muito com algumas iniciativas importantes nos últimos anos, como a reforma trabalhista, da previdência, a Lei da Liberdade Econômica e o Contrato Verde e Amarelo. Precisamos avançar ainda mais na retomada de nosso crescimento, com atenção especial para a refirma tributária, que pode onerar ainda mais nosso setor”, disse.

Primeiro a falar, o novo secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, ressaltou os avanços na economia do país. “Ao contrário do que muitos pensam, a pauta do empresário brasileiro é social. Pleitear a melhora na economia, a segurança jurídica e a diminuição da burocracia representa, sim, uma busca por uma pauta social. Claro que existem diversas maneiras de se pensar nesse aspecto, mas, na minha visão, essa é a mais correta”, afirmou.

Para Bianco, tornar o estado mais enxuto é uma das premissas da política econômica atual. “Este governo nos dá a liberdade de fazer o que é certo. E o certo é que o Estado seja cada vez menor, mais eficiente e proporcione os meios e caminhos do crescimento para o empreendedor”, disse.

Bianco ainda ressaltou que a Reforma da Previdência foi a maior (em termos de parâmetros previdenciários) do mundo. “Para se ter uma ideia, a nova Previdência como um todo trará ganho fiscal de R$ 1,4 trilhão em 10 anos. A Previdência Social estava consumindo mais de 50% da arrecadação do governo. Como resultado, o Brasil quebraria”, ressaltou.

O consultor de Marketing Estratégico Daniel Braga fez durante a palestra uma apresentação sobre o impacto das mídias sociais na estratégia para a aprovação da reforma da Previdência em 2019. “Ao transmitir uma mensagem, a relevância deve ser sempre levada em consideração.  E ser relevante gera engajamento e alcance. E como fazer isso? Como comunicar, de forma assertiva, os aspectos primordiais da reforma? O segredo foi monitorar, entender o público-alvo e, só depois de tudo isso, agir”, explicou.

Para Braga, todo indivíduo é hoje um veículo de comunicação. “Antigamente, as mídias eram as únicos emissoras da informação. Elas embasavam a opinião política da população.   Hoje, com internet e as redes sociais, as pessoas também passaram a emitir informação. É o que chamamos da era da interação”, esclareceu.

Gustavo Arruda, economista do BNP Paribas, iniciou sua fala com uma revisão da projeção de crescimento econômico para o Brasil. “A previsão era que o país crescesse 2% em 2020, mas aí aconteceu o problema do coronavírus na China. O crescimento de lá foi revisado de 5,8% para 4,5%, sendo que no primeiro trimestre o PIB chinês terá uma contração, algo inédito. Isso acaba afetando negativamente o nosso crescimento econômico. Agora, projetamos um aumento de 1,5% do PIB brasileiro”, destacou.

Arruda também explicou porque o crescimento brasileiro ainda é lento e  levantou a questão de que certos investidores, mesmo com as reformas positivas do país, pararam de injetar dinheiro por aqui. “Para esses investidores, que desejam retorno a curto prazo, faltam os juros altos. Então, buscamos hoje outro tipo de investidor. Um investidor que sabe que o retorno diminuiu, mas que possui a consciência de que o país está mudando de patamar, pois está buscando ser mais estável, com uma dinâmica mais privada do que pública. A má notícia é que isso demanda tempo, demora. Uma parte desses investidores são de longo prazo, o que acaba demandando por projetos de infraestrutura, concessões e privatizações”, afirmou.

No fim do encontro, o influenciador digital e novo apresentador da CNN Brasil, Caio Coppolla, defendeu as iniciativas da equipe econômica.  “Temos uma janela de oportunidades muito curta por aqui. É necessário construir um senso de urgência, pois temos um ‘dream team’ na economia, que está realmente comprometido com uma agenda liberal. E não é um liberal por necessidade, como na década de 90, que privatizava chorando, é um time liberal com convicção sobre todas as agendas que foram discutidas no evento de hoje”.

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