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2022: O ano para consolidar a recuperação

Trilhamos em 2021 caminhos nem tão incertos quanto em 2020, o ano que marcou o início da pandemia. Com mais descobertas sobre a Covid-19 e o avanço da vacinação, em especial no segundo semestre, o setor começou a fazer
seu lento percurso para retomar o movimento de 2019. Ainda assim, passamos por períodos de muita apreensão, especialmente nos meses de março e abril, com a nova onda do coronavírus no país e novos fechamentos de bares e restaurantes.

Para monitorar esse movimento, a ANR, em parceria com a Galunion Consultoria e com o Instituto Foodservice Brasil (IFB), realizou quatro pesquisas ao longo do ano, a última delas finalizada no começo de dezembro, todas com grandes destaques nos maiores veículos da imprensa brasileira. Alguns indicadores apontam para um 2022 mais auspicioso, como a queda no número de empresas que se declararam endividadas (diminuição de 7 pontos percentuais em um trimestre, de 55% para 48%). Em contrapartida, 63% ainda afirmam que as vendas não retomaram o patamar de 2019. Um sinal claro de que ainda há muitos desafios pela frente e muitas lutas pelo caminho.

Na defesa de todo o setor, conquistamos importantes vitórias no plano federal, mas também nos estados e municípios por meio de negociações com representantes dos executivos. No plano federal, defendemos, ao lado de outras entidades, a prorrogação da lei que permitiu suspender contratos e reduzir jornadas. Nos estados, especialmente nos dois maiores, São Paulo e Rio, conduzimos importantes negociações que levaram a novas flexibilizações.

Como representantes do segmento, levamos aos governos nosso posicionamento para cumprir todas as regras sanitárias de combate ao novo coronavírus, da redução de vagas, distanciamento, uso de máscaras, apoio e incentivo à vacinação de todos os colaboradores. E justamente por cumprir rigorosamente todas as normas é que questionamos o passaporte da vacina determinado por alguns estados para não criar regras ainda mais restritivas.

Para o ano que vem, um dos pontos de preocupação da entidade será certamente a inflação, que corrói preços, salários e tem potencial para frear um crescimento mais consistente. Por isso, a ANR seguirá lutando fortemente para desonerar o setor de impostos, a exemplo do que tem feito nos últimos anos em todos os estados brasileiros e no Confaz, o Conselho Nacional de Política Fazendária, que reúne todos os secretários estaduais da pasta.

Na busca pela desoneração de impostos, a associação teve uma vitória histórica no Rio de Janeiro: a redução da alíquota de ICMS para alimentos. A conquista foi fruto de um longo trabalho de negociação com os órgãos governamentais locais, numa iniciativa capitaneada pelo SindRio, com apoio da ANR. Buscando a mesma compreensão, mantivemos diversas conversas com o governo do estado de São Paulo, que também atendeu a reivindicação da entidade e anunciou em setembro a volta do ICMS para o setor de bares e restaurantes para o mesmo patamar de 2020. A partir de janeiro de 2022, a alíquota retorna a 3,2%. Um importante alívio para desonerar os estabelecimentos que ainda não conseguiram se reestabelecer dos impactos da pandemia.

O ano de 2022 será de apreensão por conta das eleições presidenciais e escolha de novos governadores, senadores, deputados federais e estaduais. Movimentações que a ANR vai acompanhar de perto. No plano interno, seguiremos oferecendo aos associados as melhores parcerias do segmento, seja em cursos de formação profissional ou empresas das mais diversas áreas que oferecem aprimoramento para os processos de gestão. Da mesma forma, seguiremos ativos nos maiores e mais relevantes eventos da alimentação fora do lar do país, além de organizar as novas edições de nossos eventos proprietários, como o Encovisas (Encontro Nacional de Vigilâncias Sanitárias) e o RestauraRH.

Seguiremos muito próximos de nossos associados, em defesa do interesse comum de todos, para consolidar nossa recuperação e tornar todo o setor ainda mais forte e profissionalizado. Estamos todos muito otimistas para acreditar que, mesmo com tantos desafios, o pior já passou. Agora é olhar para frente, acelerar a recuperação neste verão e defender com toda a garra dias melhores para todos nós que lutamos por empresas mais fortes e saudáveis. Pois então que venha 2022.

Foto: Myriam Zilles – Unsplash.

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