Pesquisa ANR aponta que mais de 60% dos bares e restaurantes já fizeram demissões por causa da crise do coronavírus
As medidas de isolamento social impostas na tentativa de controlar o aumento de casos de coronavírus no Brasil têm impactos claros sobre o setor da alimentação fora do lar. Levantamento realizado pela ANR mostrou que 61,8% dos bares e restaurantes ouvidos já precisaram demitir parte de seus funcionários. Segundo estimativas da ANR, o número de demissões no setor até o momento é de 600 a 800 mil trabalhadores.
As baixas nos quadros estão ligadas à queda brusca do faturamento. Em comparação com o mesmo período do ano passado, 53,2% das empresas perderam entre 50% e 90% da receita. Apenas 3,09% disseram que houve um leve aumento, mas somente nas operações de delivery.
Segundo Cristiano Melles, presidente da ANR, não há outra saída ao setor senão a ajuda do Governo Federal. “Estamos pleiteando o pagamento de até dois salários mínimos por mês nos próximos 150 dias para os colaboradores. E, claro, uma série de outras medidas como isenção de impostos, flexibilização de regras trabalhistas e crédito facilitado a juros baixos”, afirma. Para os entrevistados, o melhor caminho de apoio vai na linha do que a entidade pleiteia: 72,09% disseram que a concessão de empréstimos a fundo perdido é a melhor saída para o momento.
Ainda que as projeções para o futuro sejam incertas, 57,09% dos empresários ouvidos dizem que vão manter o negócio após a pandemia. Outros 27,5% também vão seguir em frente, mas fechando algumas unidades, enquanto 16,1% afirmam que irão fechar as portas em definitivo.
